As ações preferenciais da Usiminas (USIM5) lideraram as perdas da carteira teórica do Ibovespa nesta semana, acmulando desvalorização de 12,89%, cotadas a R$ 6,49. As ações ordinárias da Usiminas (USIM3, R$ 8,95, -7,73%) também encerraram o período entre as maiores quedas pelo mesmo índice. O benchmark da bolsa brasileira, por sua vez, encerrou o período com queda de 1,19%, aos 55.439 pontos.
Nesta semana, os papéis das empresas dos setores de siderurgia e mineração foram fortemente penalizados. Entre os motivos que pressionaram o desempenho dessas ações está a desaceleração da economia da China e a consequente diminuição da demanda por aço. A prévia de junho do Manufacturing PMI (Purchasing Manager’s Index) chinês, indicador que mensura a atividade do setor manufatureiro do país, caiu para seu menor nível nos últimos sete meses, de 48,4 para 48,1. A produção por sua vez, pressionada pela forte queda nos pedidos de exportações, apresentou o resultado mais fraco nos últimos três meses.
O desempenho da indústria na Alemanha e nos EUA completam esse cenário internacional adverso para o setor. O indicador de atividade manufatureira da maior economia do Velho Continente caiu para seu pior nível em 36 meses, enquanto no front norte-americano os dados do setor também decepcionaram, com a atividade industrial da região da Filadélfia apontando contração de 16,6 pontos, frente expectativas de recuo de apenas 0,2 pontos.
Outro fator de pressão ligado ao cenário externo foi o fato dos fabricantes internacionais de aço plano estarem iniciando um processo de corte nos preços de produtos siderúrgicos. A Baosteel, maior siderúrgica chinesa, anunciou cortes na semana passada.
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Rumores de emissão de ações e avaliação negativa pressionam
No noticiário corporativo da Usiminas, repercutiu negativamente rumores de que a empresa fará uma nova emissão de ações para equilibrar os últimos fracos resultados apresentados. O fato, que normalmente gera uma pressão vendedora no mercado, juntamente com a fraca performance recente da empresa, levou o Deutsche Bank a recomendar a seus clientes venderem os papéis da siderúrgica.
De acordo com cálculos da instituição financeira, a companhia teria que levantar até R$ 2,5 bilhões para equilibrar a relação dívida líquida sobre Ebitda (geração operacional de caixa). Com essa capitalização, a relação do múltiplo, que atualmente é de cerca de 4 vezes, cairia para 2,2 vezes entre 2013 e 2015.
Fonte: Infomoney
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