sábado, 23 de junho de 2012

Ações preferenciais da Usiminas lideram perdas do Ibovespa na semana

As ações preferenciais da Usiminas (USIM5) lideraram as perdas da carteira teórica do Ibovespa nesta semana, acmulando desvalorização de 12,89%, cotadas a R$ 6,49. As ações ordinárias da Usiminas (USIM3, R$ 8,95, -7,73%) também encerraram o período entre as maiores quedas pelo mesmo índice. O benchmark da bolsa brasileira, por sua vez, encerrou o período com queda de 1,19%, aos 55.439 pontos.

Nesta semana, os papéis das empresas dos setores de siderurgia e mineração foram fortemente penalizados. Entre os motivos que pressionaram o desempenho dessas ações está a desaceleração da economia da China e a consequente diminuição da demanda por aço. A prévia de junho do Manufacturing PMI (Purchasing Manager’s Index) chinês, indicador que mensura a atividade do setor manufatureiro do país, caiu para seu menor nível nos últimos sete meses, de 48,4 para 48,1. A produção por sua vez, pressionada pela forte queda nos pedidos de exportações, apresentou o resultado mais fraco nos últimos três meses.

O desempenho da indústria na Alemanha e nos EUA completam esse cenário internacional adverso para o setor. O indicador de atividade manufatureira da maior economia do Velho Continente caiu para seu pior nível em 36 meses, enquanto no front norte-americano os dados do setor também decepcionaram, com a atividade industrial da região da Filadélfia apontando contração de 16,6 pontos, frente expectativas de recuo de apenas 0,2 pontos.

Outro fator de pressão ligado ao cenário externo foi o fato dos fabricantes internacionais de aço plano estarem iniciando um processo de corte nos preços de produtos siderúrgicos. A Baosteel, maior siderúrgica chinesa, anunciou cortes na semana passada.
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Rumores de emissão de ações e avaliação negativa pressionam

No noticiário corporativo da Usiminas, repercutiu negativamente rumores de que a empresa fará uma nova emissão de ações para equilibrar os últimos fracos resultados apresentados. O fato, que normalmente gera uma pressão vendedora no mercado, juntamente com a fraca performance recente da empresa, levou o Deutsche Bank a recomendar a seus clientes venderem os papéis da siderúrgica.

De acordo com cálculos da instituição financeira, a companhia teria que levantar até R$ 2,5 bilhões para equilibrar a relação dívida líquida sobre Ebitda (geração operacional de caixa). Com essa capitalização, a relação do múltiplo, que atualmente é de cerca de 4 vezes, cairia para 2,2 vezes entre 2013 e 2015.

Fonte: Infomoney

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